Júri em Canoas: ré é absolvida no caso do assassinato de fotógrafo

Depois de quase doze horas de julgamento, a ré, de 29 anos, acusada de envolvimento no assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, morto com 19 tiros de pistola em Canoas, foi absolvida pelo Conselho de Sentença em relação ao crime de homicídio.
O júri, presidido pela Juíza de Direito Geovanna Rosa, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, encerrou às 21h22min.
Ela respondeu ao processo criminal pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e de ocultação de cadáver. Pela ocultação, houve a extinção de punibilidade pela prescrição. Já julgado, o outro réu do mesmo processo criminal, Juliano Biron da Silva, foi condenado.
Prestaram depoimento o Delegado de Polícia Marco Antônio Arruda Guns que atuou na investigação do caso, e a ré . Atuaram na acusação a Promotora de Justiça Denise Sassen Girardi de Castro e na defesa os Advogados Rodrigo Schmitt da Silva, Jean Severo, Sofia de Freitas, Agenor Neto, Rodolfo Francisquinho e Franklin Krausen.
Debates
Durante os debates, a Promotora fez uma retrospectiva de todos os atos da investigação. Realizou a leitura de depoimentos, relatos e dados de perícia. Pediu a condenação por homicídio com as três qualificadoras, ressaltando as provas colhidas.
“O réu Juliano não aceitou o fato de ter sido traído e ela (ré) o ajudou na consumação do crime”, disse.
Quanto à ocultação de cadáver, citou a extinção da punibilidade pela prescrição, perda do direito do Estado de punir o réu devido ao decurso de tempo.
Os Advogados Rodrigo e Jean defenderam a absolvição, sustentando que a ré foi coagida por Juliano a participar da ação criminosa. Segundo a defesa, a mulher viveu um relacionamento abusivo com agressões físicas e psicológicas, somadas ao fato da posição que Juliano ocupava de ser um dos líderes de uma facção criminosa.
O caso
O fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, 22 anos, foi encontrado morto na Prainha de Paquetá, em Canoas. Foram acusados pela morte a ré e Juliano Biron da Silva, com quem ela mantinha um relacionamento amoroso. Conforme o MP, Juliano não aceitava o relacionamento amoroso existente entre a acusada e a vítima. Segundo a acusação, a mulher atraiu o rapaz para um encontro, para que ele fosse morto com vários disparos de arma de fogo. Juliano já foi condenado no mesmo processo a uma pena de 18 anos de reclusão. O crime teria ocorrido em 28 de julho de 2015, por volta das 00h30min entre as Ruas Itu e Guarani, nas proximidades da estrade de acesso à Prainha do Paquetá.
https://www.tjrs.jus.br/novo/noticia/juri-em-canoas-re-e-absolvida-no-caso-do-assassinato-de-fotografo/
TJRS

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