Ainda hoje (8), deve sair a sentença da ré Ana Beatriz Lima da Costa, denunciada e pronunciada por participar do homicídio qualificado (asfixia) de sua sogra, Honorina de Oliveira Costa, então com 43 anos. O julgamento acontece no Tribunal do Júri da Comarca de Cuité, sob a presidência do juiz Iano Miranda dos Anjos. A sessão de julgamento teve início na manhã desta terça-feira e a expectativa é de que seja concluída ainda hoje.
De acordo com os autos, o crime aconteceu no dia 2 de novembro de 2022. Conforme informações processuais, Ana Beatriz, com vontade livre e consciente, corrompeu seu namorado adolescente, e com ele teria praticado os crimes de feminicídio e ocultação de cadáver de Honorina. A denúncia narra que o adolescente convidou a acusada para colocar em prática a execução do crime, tendo a ré aceitado. “Unidos por esse objetivo, o filho da vítima e a ré passaram a realizar atos preparatórios para os crimes, cerca de uma semana antes do início da execução. Juntos, adquiriram todos os objetos que seriam utilizados na realização dos delitos, dentre eles, luvas, cordas e faca”, revelam os autos.
No dia do fato, o filho da vítima chegou em casa no início da noite, depois saiu em uma motocicleta para buscar a ré, por volta das 20 horas. Após pegar a namorada, o adolescente a deixou em local próximo da casa da vítima e voltou para a residência de sua mãe. Na sequência, Ana Beatriz entrou no imóvel da vítima pelos fundos, pulando o muro. Também consta no processo que, enquanto o adolescente auxiliava a acusada a entrar no imóvel sem ser percebida, Honorina estava em seu quarto, utilizando o computador.
Já dentro da residência, Ana Beatriz pegou uma corda, entrou no quarto de Honorina e a surpreendeu enlaçando-lhe o pescoço, tentando estrangulá-la pelas costas. A denúncia disse que, preocupado com o barulho e percebendo que Ana Beatriz não conseguia estrangular a vítima sozinha, o rapaz entrou no quarto e segurou sua mãe pelo pescoço, aplicando-lhe o golpe de arte marcial denominado ‘mata-leão’, até sua morte. A ação penal também diz que após perceberem que a vítima havia falecido, a ré e seu namorado colocaram o corpo no porta-malas do carro da vítima e tentaram simular uma situação em que a vítima teria saído de casa e desaparecido sem deixar notícias. Para isso, o casal pegou uma mala e nela colocou roupas e demais pertences de Honorina.
Após entrar no carro, o filho da vítima assumiu a direção e se dirigiram a um posto de gasolina para abastecer o veículo, e em seguida foram até à Rua 15 de Novembro, onde estacionaram o veículo, desceram e pegaram pedras em formato de paralelepípedo. Posteriormente, se dirigiram até o açude “Boqueirão do Cais”, local onde retiraram o corpo da vítima e amarraram os membros às pedras anteriormente coletadas e levaram o corpo até água, tendo a acusada utilizado uma faca para perfurar a região abdominal da vítima, visando facilitar o afundamento.
TJPB