O Estado de Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios, um aumento de 650% quando comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados atualizados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC). Além disso, oito pessoas já morreram e 12.885 focos do mosquito Aedes aegypti foram identificados em 215 das 295 cidades catarinenses. Na quarta-feira passada (21), o Governo estadual decretou estado de emergência.
Diante deste quadro alarmante, a Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) e a Diretoria de Infraestrutura (DIE), do TJSC, uniram esforços numa campanha de esclarecimento e prevenção.
“O importante é ficar atento aos sintomas”, diz a médica Graciela de Oliveira Richter Schmidt, diretora da DSQV. Ela explica que o quadro da dengue, na maioria dos casos, é parecido com uma gripe, mas com uma diferença: não há sintomas respiratórios e este pode ser indicativo da doença.
De forma geral, a pessoa infectada tem febre alta (39º a 40º), acompanhada de dor de cabeça, sonolência, náuseas, vômitos, vermelhidão e coceira na pele, além de dores musculares e articulares. “Após os sintomas iniciais, se a doença evoluir com sintomas de hipotensão arterial, gerando sonolência, fraqueza e tontura, é necessário procurar atendimento médico com urgência”, alerta Graciela.
A médica ressalta ainda a importância da hidratação e o perigo de se usar, por conta própria, anti-inflamatórios, especialmente AAS, presente em formulações antigripais e para dor de cabeça, que podem trazer consequências graves.
Em outra frente de prevenção, a Diretoria de Infraestrutura (DIE) enviou aos Fóruns do Estado uma série de recomendações, principalmente relacionadas à limpeza e à jardinagem. O documento enfatiza que a prevenção da dengue começa com a eliminação dos criadouros do mosquito e lista ações práticas e simples que ajudam na prevenção.
Entre as recomendações, destacam-se: evitar o uso de pratos nos vasos de plantas e se, usá-los, colocar areia até a borda; plantas como bromélias devem ser evitadas ou mesmo descartadas, pois acumulam água; deixar as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol; manter fechada a tampa do vaso sanitário e, mesmo ele não seja usado, é importante dar descarga no mínimo uma vez por semana.
Tanto a Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) quanto a Diretoria de Infraestrutura (DIE) ressaltam a importância de reportar à Secretaria Municipal de Saúde de cada município os possíveis focos de Aedes aegypti.
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TJSC