Quatro homens acusados de assassinar um faccionado rival a tiros e facadas no interior de uma igreja, em Chapecó, foram condenados em sessão do Tribunal do Júri ocorrido neste mês. As penas, somadas, alcançaram 84 anos e oito meses de prisão, em regime fechado e sem direito de recorrer em liberdade. A sessão de julgamento aconteceu no último dia 7 e os trabalhos se estenderam por 15 horas, sob presidência do juiz Jeferson Osvaldo Vieira, titular da 1ª Vara Criminal de Chapecó.
A pena maior foi determinada para o acusado de atirar contra a vítima fatal e também contra um policial militar que chegou para atender a ocorrência. A ele foram estipulados 30 anos e oito meses de prisão. Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de tentativa de homicídio qualificado por ter sido praticado contra agente integrante de órgão de segurança pública. Ele ainda responde por porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.
Outro réu que também atirou contra a vítima fatal e, ainda, desferiu golpes de facão no homem já caído, recebeu a sentença de 19 anos e quatro meses de reclusão. Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.
Os outros dois acusados foram condenados a 17 anos e quatro meses de prisão, cada um, por participação no homicídio. Um deles ainda responde por posse irregular de munição de arma de fogo. O quarto envolvido também foi condenado por corrupção de menores.
De acordo com a denúncia, a vítima foi perseguida por três dos acusados e um adolescente, no 17 de junho de 2018. Após disparos de arma de fogo, o homem tentou se esconder em uma igreja onde acontecia um culto. Já caído, foi golpeado com facão e atingido por mais tiros. Um dos acusados prestou auxílio ao monitorar a residência da vítima e repassar informações. Um outro forneceu munições. Durante o apoio ao trabalho de perícia, um dos réus atirou contra um policial militar, que não foi ferido.
TJSC