Crime ocorreu em 2020, próximo a uma estação de metrô em BH
O policial Felipe Vicente de Moura foi condenado nesta quinta-feira (27/10) pelo Tribunal do Júri da 1ª Presidência de Belo Horizonte a 17 anos de prisão, em regime fechado, pela participação no homicídio duplamente qualificado do sindicalista Hamilton Dias de Moura, em 2020. Em função de um acordo de delação premiada com o Ministério Público, a pena foi reduzida para 10 anos de prisão.
Já Thiago Viçoso de Castro, que também foi julgado nesta quinta-feira, foi absolvido das acusações de participação na organização criminosa e de adulteração da arma utilizada no crime. Mas foi condenado a três meses de detenção, pelo crime de fraude processual, e mais quatro anos de reclusão pelo crime de posse ilegal de armas. Conforme decisão do juiz Ricardo Sávio de Oliveira, ele poderá recorrer em liberdade.
De acordo com a denúncia, no dia 23 de julho de 2020, por volta do meio-dia, a vítima foi atraída para a Rua Quilombo, altura do n° 201, bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, sob pretexto de negociar um lote. Quando chegou ao local, foi atingida por disparos de arma de fogo ainda dentro do veículo, que causaram sua morte.
Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima foi afastada do sindicado por desentendimento com um dirigente e, por essa razão, criou um novo sindicato e passou a atrair parte dos sindicalizados para a nova entidade de classe, o que gerou a perda de receita do primeiro sindicato.
O policial militar Felipe Vicente foi acusado de participar do planejamento do crime, enquanto o outro réu, Thiago Viçoso, sobrinho de outro acusado da fase de planejamento e execução do crime, foi acusado por fraudar provas, além de ter sido encontrado em seu poder as armas de posse ilegal que levaram a sua condenação.
Esses foram os dois primeiros acusados a serem julgados por participarem do crime. Há ainda outros cinco que aguardam julgamento pelo crime de homicídio qualificado, além dois homens e uma mulher, acusados de participarem indiretamente do crime.
TJMG