Condenados integrantes de organização criminosa com penas entre três e 11 anos de reclusão

Cinco pessoas acusadas de integrarem uma organização criminosa foram condenadas pela titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, juíza Placidina Pires a penas que variaram entre três anos e 11 anos de reclusão. Eles praticavam estelionato e falsificavam documentos

Os crimes foram praticados nos municípios de Itaguaru, Anicuns e Goiânia. Por meio de documentos falsos, o grupo abria contas bancárias no Banco do Brasil em nome de terceiros, as vítimas, e em seguida contratava empréstimos. Após liberados, os valores eram ilicitamente sacados ou transferidos para outras contas e distribuídos entre os membros do grupo. As vítimas só descobriam o esquema, posteriormente, ao perceberem que havia contas e empréstimos feitos em seus nomes. Algumas delas tiveram prejuízos e também o Banco do Brasil.

No decorrer da ação penal, foi constatado que o “Grupo das Tias” tinha atribuições e responsabilidades muito bem definidos. A organização criminosa era liderada por Rayanne Freitas dos Santos, conhecida como “professora”; Leandro Ferreira da Conceição era responsável por confeccionar os documentos falsos, enquanto a “gerência” das atividades ficava a cargo de Isabel de Souza Barbosa e Letícia Rodrigues Santiago. Finalmente, a abertura das contas, em Goiás, era feita por Mislene Faria Morais. O grupo ainda tinha uma ramificação em Rondonópolis (MT), a cargo de uma mulher identificada como Joiciane da Silva Sousa.

Esquema

Leandro falsificava documentos de identidade, comprovantes de endereço e comprovantes de renda, utilizando dados de pessoas aleatórias com as fotos das “tias”, fim de que estas pudessem se passar, nas agências bancárias, pelas pessoas cujos dados constavam nos documentos falsos. Após buscar os documentos, uma das “gerentes” os levava até uma das “tias”, momento em que a orientava sobre a cidade, banco e agência em que deveria ser realizada a abertura da conta. A intermediação das “gerentes” permitia que Rayanne mantivesse sua localização e identidade desconhecida pelas demais.

Após a abertura das contas, as “tias” passavam todos os dados da agência, número da conta e tokens de segurança para Rayanne, que então passava a ter acesso integral via aplicativo das contas bancárias criadas. Na sequência, as “gerentes” contratavam os empréstimos, sacavam os valores em espécie e transferiam para outras contas toda a quantia levantada na operação financeira.

https://www.tjgo.jus.br/index.php/agencia-de-noticias/noticias-ccs/17-tribunal/31910-condenados-integrantes-de-organizacao-criminosa-conhecida-como-grupo-das-tias

TJGO

Deixe um comentário

Carrinho de compras
Rolar para cima
×