Crime cometido no município de Cametá, em 2020, fez ainda cerca de 150 pessoas reféns
Seis réus e uma ré acusados de assalto com explosão e morte cometido em dezembro de 2020, na cidade de Cametá, foram condenados na última segunda-feira, 3, pelo juiz titular da Vara Criminal de Cametá, Marcio Campos Barroso Rebello, a mais de 50 anos de reclusão em regime inicial fechado. Eles foram condenados(a) pelos crimes de roubo majorado, restrição da liberdade das vítimas bem como pela destruição e rompimento de obstáculo mediante emprego de explosivo e de artefato análogos que ocasionaram perigo comum, latrocínio consumado, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.
O réu Luis Carlos de Sousa Conceição foi condenado a 57 anos e 6 meses de reclusão e 685 dias-multa. Já os réus(ré) Janison Resende de Oliveira da Silva, Kelly Thalita Pereira da Silva, Marcelo Victor da Encarnação Silva, Adenilson Teles Xavier, Clemilson de Oliveira Santos e Erádio de Paula Dias Filho foram condenados a 62 anos e 10 meses de reclusão, mais 785 dias-multa.
Em sua decisão, o magistrado destacou que “lamentavelmente, este caso talvez represente o maior (em participantes e na quantidade e no grosso calibre armas de guerra utilizadas) , o mais audacioso (pelas centenas de disparos realizados na direção da Delegacia de Polícia e do Quartel da Polícia Militar, bem como pela utilização de mais de 100 pessoas como ‘escudo-humano’ a fim de neutralizar qualquer reação da Polícia) e o mais violento (pelas centenas de disparos realizados a esmo a fim de intimidar toda uma cidade) crime cometido na história da antes pacata região do Baixo-Tocantins, cuja principal cidade é a histórica e importante Cametá”.
O caso – No dia 1 de dezembro de 2020, por volta das 23h35, em Cametá, os réus e a ré, além de outros indivíduos ainda não identificados, associaram-se com o intuito de roubar a agência do Banco do Brasil do município. Fortemente armados com armas de uso restrito (fuzis, metralhadoras e pistolas), efetuaram disparos e cercaram a Praça da Cultura, localizada no centro da Cidade, tornando cerca de 150 pessoas reféns. O grupo ainda explodiu a agência do Banco do Brasil com dinamites para subtrair o dinheiro dos cofres. Os acusados também roubaram um veículo Pajero TR4 e mataram o refém Alessandro de Jesus Lopes Moraes, além de terem efetuado vários disparos contra o Batalhão da Polícia Militar de Cametá.
TJPA