Em sessão presidida pelo titular da 1ª Vara Criminal de Luziânia, juiz Victor Alvares Cimini Ribeiro, no último dia 12 deste mês, o Tribunal do Juri daquela comarca condenou Flávio Ferreira de Vasconcelos e seu filho José Ferreira de Vasconcelos Filho pelo assassinato de Carlos Alexandre Gomes da Silva, ocorrido em 6 de abril do ano passado, o que significa que o julgamento ocorreu menos de um ano após a data do crime. Flávio recebeu pena de 21 anos de reclusão, 1 ano e 2 meses de detenção em regime fechado, além de 36 dias-multa; e José Ferreira, de 21 anos de reclusão em regime fechado.
A sentença condenatória também estabeleceu que, juntos, pai e filho pagarão R$ 15 mil à família da vítima, para reparação dos danos a eles causados. O valor será corrigido monetariamente a partir da data do crime.
Motivo torpe, crueldade e surpresa
O júri popular acatou integralmente ação penal proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) para que pai e filho fossem condenados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, com impossibilidade de defesa da vítima e embriaguez ao volante, além de fraude processual. A pena aplicada a Flávio foi maior porque ele também foi condenado por embriaguez ao volante e por fraude processual, uma vez que usava tornozeleira eletrônica no dia do crime, mas a encobriu com papel alumínio para não ser encontrado pelas autoridades.
Ficou apurado que, no dia dos fatos, Carlos e Flávio tiveram um desentendimento, momento em que entraram em briga corporal e o réu deu um soco no rosto da vítima que, para se defender, golpeou Flávio na cabeça com uma garrafa. Inconformados, Flávio e o filho planejaram o assassinato de Carlos.
Quando o avistaram em uma distribuidora de bebidas, começaram a agredi-lo com chutes e pontapés. Em seguida, José repentinamente esfaqueou Carlos no peito, que morreu em decorrência de choque hemorrágico agudo. Os réus fugiram em um carro, mas foram vistos por policiais militares e, na tentativa de escapar, o controle do automóvel e bateu no meio-fio. Ao ser abordado, apresentava forte odor etílico e estava visivelmente embriagado.
TJGO