Por determinação da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, a Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços residenciais, além de um comercial, em Curitiba e em Ponta Grossa, na manhã desta quinta-feira. A Operação Gracioso investiga o fornecimento de atestados médicos falsos para obtenção de benefício do por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As investigações da PF com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social do Ministério da Previdência Social iniciaram a partir de indícios de fraudes contra a Previdência Social noticiados pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Eles foram identificados após o cumprimento de prisão temporária de uma despachante que estaria cometendo crimes de estelionato contra particulares, ao oferecer “aposentadorias” do INSS.
Para as ações, os investigados contavam com a participação de médicos assistentes, uma suposta advogada e um comerciante, que cedia o espaço para as reuniões de interessados e cobranças de valores. Os envolvidos negociavam e forneciam atestados médicos ideologicamente falsos, sem a consulta e/ou avaliação do médico assistente, de acordo com as investigações, e assim era possível conseguir o benefício do INSS. Não há envolvimento de servidores do órgão no caso.
A Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social identificou, inicialmente, 70 benefícios por incapacidade temporária concedidos indevidamente, que correspondem a um total de R$ 300 mil. Os envolvidos poderão responder por crime de estelionato e organização criminosa.
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