Terminou já na madrugada desta quarta-feira (13/11) o júri do réu Thiago Brentano, acusado de causar acidente com atropelamento nas proximidades do Parque Moinhos de Vento (Parcão), em Porto Alegre, em abril de 2016. O Conselho de Sentença considerou o réu culpado por três tentativas de homicídio. A pena foi fixada em cinco anos e cinco meses de reclusão em regime inicial semiaberto.
A sentença foi lida pelo Juiz de Direito 1ª Vara do Júri, Francisco Luís Morsch, que presidiu o julgamento. Quanto aos crimes conexos de omissão de socorro às vítimas (art. 304, do Código de trânsito brasileiro) e fuga do local (305, do código de trânsito brasileiro), houve prescrição.
Durante o julgamento, iniciado na manhã da terça-feira (12), foram ouvidas 12 testemunhas, oito de acusação, quatro de defesa, além do réu. Pela manhã, prestaram depoimento o casal Thomaz Coletti e Rafaela Perrone. Após a oitiva das testemunhas e o interrogatório, iniciaram-se os debates entre defesa e acusação, que apresentaram seus argumentos aos jurados.
O Ministério Público foi representado pelas Promotoras de Justiça Lúcia Helena Callegari e Luciane Feiten Wingert. Na defesa do réu atuou o advogado Jader Marques.
Caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Thiago Brentano dirigia um Audi sob efeito de álcool e com a carteira de habilitação suspensa. Ao ultrapassar um sinal vermelho em alta velocidade durante um racha, colidiu com um táxi e, em seguida, com um Peugeot estacionado, que foi lançado contra pedestres. As vítimas Thomaz Attílio Lodi Coletti e Rafaela Cruz Perrone, que passeavam com um cachorro na calçada, foram atingidas, assim como Diego Pereira Rodrigues, passageiro do carro conduzido pelo réu. Thiago respondeu por tripla tentativa de homicídio, com dolo eventual ao assumir o risco com sua conduta imprudente, de acordo com a denúncia.
TJRS